Ronaldo Guedes, sobre a Arte, o Mangue e as Pessoas.
ENTRELAÇAMENTOS ANCESTRAIS
“Revelando a beleza escondida do mundo, a poesia alarga
o círculo da imaginação, alimentando o pensamento.”
(João de Jesus Paes Loureiro)
É da relação direta com os elementos que povoam o imaginário marajoara que as esculturas produzidas pelo artista contemporâneo Ronaldo Guedes extraem as suas forças e constituem-se como formas poéticas. Suas Aguagaras e Caruás nascem das lamas férteis dos mangues de Marajó e se transmutam em arte.
Em sua nova fase de vida e criação as formas modeladas em argila fazem referências diretas aos elementos que constituem os ambientes praieiros e se convertem uma a uma em personagens que brotam das raízes aéreas, das espumas do mar ou das lagunas costeiras onde abundam espécies marinhas das mais variadas.
Os símbolos que Ronaldo aprendeu a produzir vinculam-se aos 8.000 anos de produção cerâmica na Amazônia. Suas cores, grafismos e incisões provêm de um rico e longevo aparato técnico que se constituiu a partir das grandes tradições da história indígena amazônica. Dai não ser apenas um simples jogo de palavras afirmar que suas obras nascem de Entrelaçamentos Ancestrais.
Ednaldo Britto
Pesquisador, artista e professor
Exposição:
ARTE MANGUE MARAJÓ Entrelaços Ancestrais
Produção Executiva: Cilene Andrade e Luciane Bessa | Fotografias: Pierre Azevedo
Montagem da Exposição: Beatriz Maia e Luciane Bessa | Trilha da Exposição: Caio Andrade e Ronaldo Guedes
Projeto Gráfico Cartaz: Rebeca Pimentel | Projeto Editorial Cartilha: Beatriz Maia
Cartilha Educativa: Marcelle Rolim e Cilene Andrade | Web Designer: Beatriz Maia
EXPOSIÇÃO CONTEMPLADA PELO PRÊMIO PREAMAR DE CULTURA E ARTE 2020
Realização: Ateliê Arte Mangue Marajó | Apoio: Programa Coroatá - UFPA/Campus Soure
Patrocínio: PREAMAR/SECULT/GOVERNO-PA